Prazer, eu sou Guta Araújo
Tá preparada para um … senta que lá vem história??? rsrs
Oi, antes de mais nada, obrigada por se interessar pela minha história.
Eu sou Guta Araújo, na verdade, Maria Augusta, mas prefiro o apelido, que segundo minha mãe, eu mesma me dei. Eu dizia, segundo ela, sou Guta Újo… e desde então, nunca mais fui chamada de Maria Augusta, na real, só quando minha mãe, Dona Nilva, fica brava comigo. Até hoje é assim. hahaha.
A história nem começou, mas, vou tentar ser sucinta.
Nasci no interior de São Paulo, na cidade de Bauru, cresci numa família classe média e sou a mais velha de 4 filhos. Meus pais e irmãos são minha base, com eles vivi uma infância e adolescência tranquila, rodeada de amigos e familiares. Mas, sempre fui uma empreendedora… Já aos 16 anos comecei a vender semijóias… a coisa cresceu e aos 19 anos eu tinha uma equipe com 6 vendedoras. Comecei a faculdade e parei com as vendas. Nascia a educadora.
Casei aos 20 anos, dois anos depois tive meu primeiro filho, um menino lindo (sou coruja e não tenho problema em assumir) hoje o Rapha tem 31 anos. Nossa como o tempo passou rápido, ainda me vejo naquela jovem, com um bebê de olhos azuis sorridentes no colo. Fez a soma aí? Isso mesmo estou com 53.
Quando o Rapha tinha 3 anos e meio, fiquei grávida novamente, mas junto à boa notícia da nova gravidez com o exame de BetaHGC descobri uma insuficiência renal grave. No mesmo dia, pegamos o carro (meu ex marido e eu) e fomos pra São Paulo consultar um nefrologista. Bom, acho que dá pra imaginar, né?
A indicação médica, de vários especialistas era o aborto. Cara, chorei muito no consultório, muito mesmo, o médico ficou comigo mais de 2 horas. Voltei para Bauru, com a recomendação de repouso absoluto e comida sem sal algum. Mas, o nefro já sabia que seria impossível levar uma gravidez com 23X16 de pressão.
Após 2 semanas um ultrassom constatou – eu havia perdido o bebê.
Você acha mesmo que tá no final? Rsrs. Preciso te dizer que nãooooo…ainda tinha muita coisa pra acontecer. Na época eu estava com 25 anos. É só fazer a conta… haha.
Bom, resumindo muito, após alguns dias voltei à São Paulo para iniciar a diálise e começar a pensar num transplante renal. Foram 7 longos meses entre a descoberta da insuficiência e o primeiro transplante de rim (isso mesmo, primeiro). O doador? Meu Pai, meu José, que me deu a vida 2 vezes. Amor e Gratidão transbordam em mim ao escrever este parágrafo. Onde você estiver Pai, você sabe, né?
Foram dias difíceis, especialmente, porque fiquei mais de 60 dias sem ver meu pequeno Rapha, mas me recuperei e voltei a ser a Guta Újo
Entretanto eu queria ter outros filhos, não queria ser mãe de filho único… (bom aqui daria outra história). Continua na próxima semana… espero você.
Meus pais Nilva e José…o meu amor sempre foi de vocês (nesta foto com a Júlia)